Ensino híbrido tem tudo pra dar errado
25/10/21 – O nível do ensino público na Bahia está bem abaixo do tolerável. Quantos pais e alunos sabem dizer, sem recorrer ao Google, o que é ensino híbrido? Por falar no Google, não se ensina mais como antes, talvez, por conta dessa mega enciclopédia virtual. A escola precisa ser repensada.
O professor perdeu a vocação de ensinar, o ofício virou emprego. Sendo emprego público, então, pior ainda. O sindicato da categoria só pauta reajuste salarial, dando pouca importância à qualidade do ensino, que demanda capacitação constante do profissional de educação. Mas quem liga hoje em dia para o resultado do aprendizado no ensino público?
Tá na hora do professor da rede pública – de um modo em geral – ser híbrido. Pensar no bolso, mas também ensinar de verdade.
A educação pública na Bahia continua sendo um grande engodo. O professor finge que ensina e o aluno finge que aprende. O resultado é o analfabetismo funcional que vemos no dia a dia.
Híbrido
A propósito, fui ver no Google a palavra híbrido e para minha surpresa tem lá, como exemplo mais conhecido na genética o cruzamento do burro ou mula com o cavalo, do cavalo e burro com a jumenta ou do jumento com a égua. A cria nasce, com frequência, estéril. Logo, essa coisa de ensino híbrido tem tudo pra não dar certo!
Por Geraldinho Alves, jornalista e editor do Bahia40graus