Caixa quer emprestar dinheiro a prefeitos afastados na Operação Fraternos na Bahia
Dois prefeitos que são cunhados, denunciados por corrupção, organização criminosas e fraudes em licitações, além de condenados juntos pelo Tribunal de Justiça da Bahia por não cumprirem a lei orçamentária, estão querendo botar a mão em 115 milhões de reais em 2 empréstimos injustificáveis, oferecidos pela Caixa Econômica Federal, usada até pouco tempo por políticos de forma criminosa, produzindo um rombo no banco público mantido com dinheiro do povo.
Quem são eles – Robério Oliveira, prefeito de Eunápolis pretende tomar R$ 100 milhões junto à Caixa. Seu cunhado Agnelo Júnior, prefeito de Santa Cruz Cabrália, por ter uma receita menor na cidade, pretende tomar R$ 15 milhões. São empréstimos em nome dos municípios, para o povo pagar, comprometendo a arrecadação futura das próximas gestões, uma vez que ambos estão inelegíveis. Os 2 empréstimos devem passar pelas câmara de vereadores, que nas duas cidades são controladas pelo Executivo a troco de cargos e vantagens para os edis.
A história da dupla – Em 2005, Agnelo era secretário de Finanças no 1º mandato do cunhado Robério em Eunápolis. Os 2 remanejaram dinheiro do orçamento sem autorização da Câmara Municipal, o Ministério Público contestou e agora em 2018 a Justiça de 1º grau condenou eles pelo ato de improbidade e cassou os direitos políticos. Houve recurso e uma turma colegiada do Tribunal de Justiça da Bahia, em Salvador, negou o recurso, confirmando a condenação da sentença de 1º grau. Agora o caso subiu para Brasília onde dificilmente será revertido.
Fraternos – Mas a dupla tem mais problemas com a Justiça e estão inclusive com os passaportes retidos. Em novembro de 2017, Robério e Agnelo, mais a prefeita de Porto Seguro, Cláudia Oliveira, esposa do primeiro e irmã do segundo, foram afastados na Operação Fraternos, deflagrada pela Polícia Federal, que os acusa de formarem uma Organização Criminosa para desviar recursos federais de ao menos 33 contratos em diversas áreas, nas 3 prefeituras, envolvendo um total inicial de R$ 200 milhões.
Caixa – A Caixa e o governo federal teriam a obrigação de escolher melhor a quem emprestar dinheiro do povo, para o próprio povo pagar. Além de comprometer a Receita futura das cidades, uma vez que a dívida será transferida para os futuros gestores, já que os prefeitos estão inelegíveis e complicados com a Justiça.
Foto: Jornal A Tarde